sexta-feira, 27 de abril de 2012

Os Clássicos seriam mais fáceis se...


sábado, 14 de abril de 2012

Acessórios do NES

Continuando a apresentação do Angry Videogame Nerd, os demais acessórios do NES, à exceção do ROB the Robot. O vídeo é propriedade do Cinemassacre, traduzido pelo canal Nerd Revoltado dos Videogames.

 

Acessórios do NES - Powerglove

No Brasil, a maioria dos acessórios do NES ficaram desconhecidas: conhecemo-nas apenas devido a suas aparições em filmes e em reportagens das revistas de videogames nacionais. Então, para explicar os acessórios do NES, apresento The Angry Videogame Nerd, maior autoridade no assunto. No primeiro vídeo, a Power Glove, que aparece no filme O Gênio do Videogame. Este vídeo é propriedade do Cinemassacre e foi traduzido pelo pessoal do canal "Nerd Revoltado dos Videogames."
 

domingo, 8 de abril de 2012

A SAGA do NES - Parte Final: Polystation

Polystation. O nome capaz de causar arrepios nas crianças... A famosa máquina de design físico atraente que em seu interior carrega um NES. Sempre alega milhares ou até mesmo milhões de jogos em sua memoria que são sempre os mesmos 10 ou 20 jogos da primeira página iniciados em fases diferentes.

Eles não são produzidos no Brasil, vêm da China e são vendidos principalmente em camelôs (só vi uma loja até hoje que os vendia). Têm preço bem reduzido, principalmente se comparado aos últimos modelos da Dynacom, me arrisco a dizer que talvez o Polystation tenha auxiliado no fim do Dynavision. Uma curiosidade é que os controles dos famiclones são compatíveis entre si, exceto o Dynavision: controles da Dynacom funcionam apenas na Dynacom, mesmo possuindo a mesma pinagem.

Aqui postarei apenas os modelos de polystation. Existem outros famiclones famosos como o russo Dendy, ou o Video Game NEO (que se assemelha ao controle do XBOX 360) ou Gun Boy (controle de N64 com pistola), que também copiam designs de videogames famosos, mas vamos nos ater aos Polystations.


Polystation

Polystation One


Polystation Advance (com brick game)


Polystation 2

Polystation 2 Slim

Funstation 3

Polystation X-Next (cópia do XBOX)


X-Game 360 (cópia do XBOX 360)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A SAGA do NES - Parte 3: Dynavision

O Dynavision merece destaque, pois além de ter várias encarnações ao longo dos anos, continuou no mercado entre 1989 e 2011, quando a Dynacom encerrou suas atividades.


Dynavision II




Empresa: Dynacom – Ano de Lançamento: 1989 – Padrão: 60 pinos (japonês)

O Dynavision II (o I era um clone do Atari) tinha os controles em estilo manche, são complicados de manusear, em que o botão B fica em baixo e o botão A ficava no alto do manche. O console tinha 5 botões: On, Off, Reset, Start e Select, esses dois últimos sendo clara herança dos modelos de Atari e Master System (lançado no mesmo ano no Brasil pela TecToy). Não era muito "jogável".

Dynavision 3




Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 1991 – Padrão: Dual


A Dynacom resolveu o problema dos controles, agora possuindo Start e Select, e ajuste de botão turbo, na parte inferior do controle. Também passou a aceitar os dois tipos de cartuchos, acompanhava a Turbo Flash Gun (versão Dynacom da Zapper) e tinha ajuste de volume no console (que não funcionava). Note que havia entrada para fone de ouvidos no controle (que também não funcionava)!

Dynavision 3 Radical

Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 1993 – Padrão: Dual

Nenhuma diferença em relação ao anterior


Dynavision 3 Action

Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 1994 – Padrão: Dual

Pouca diferença em relação ao anterior: Apenas desapareceu o botão de volume do console (mas não a entrada de fones dos controles). Aqui a Dynacom desenvolveu seu primeiro controle com D-Pad, que é reconhecido como o melhor controle de famiclone. Este controle, além dos botões turbo, tinha os botões AB e AB Turbo e um sistema de Slow, acionado na parte traseira do controle. Esse é o famiclone que tenho até hoje, embora na caixa dissesse Dynavision 3 Radical...


Handyvision




Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 1993 – Padrão: 72 pinos (americano)

Este era semi-portátil, pois dependia de uma TV para funcionar, copiando a tecnologia do Master System Super Compact ou do Geniecom. Ele funcionava sem fios, através do adaptador RF instalado atrás da TV com uma antena. Mesmo sendo pequeno, ele tinha suporte a outro controle ou pistola, e dava inclusive para jogar os cartuchos com 60 pinos, através de um adaptador.



Magic Computer PC 95 e PC Game



Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 1995 e 2008 (respectivamente) Padrão: 60 pinos (japonês)

O Magic Computer foi um híbrido de Famicom e “computador pessoal”: além de vir com controle e pistola, ele também possuía um teclado (na verdade, o console era o teclado) e o cartucho vinha com vários programas educativos. Apesar de se vender como um computador, não passava de um Famicom com outra carcaça. Em 2008 ele foi atualizado, passando a se chamar PC Game. A maior novidade é que, além de o console ser algo como um gabinete de PC, ele agora possui um mouse. Outra curiosidade: os engenheiros do MIT estão usando a tecnologia do Famicom (que é abandonware) para criar  computadores de 12 US$ para os países subdesenvolvidos, o que a Dynacom já fazia desde 1995...



Dynavision 4, Dynavision, Radical e Dynavion Xtreme



Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 1995 – Padrão: Dual

Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 2000 – Padrão: 60 pinos (japonês)
Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 2005 – Padrão: 60 pinos (japonês)

O Dynavision 4 é uma versão mais compacta do Dynavision 3, vinha com os controles D-Dap e a Turbo Flash Gun. Foi a última versão a aceitar os dois modelos de cartuchos, além de única a possuir um botão de Eject. A versão Radical e Xtreme apenas copiam e atualizam o design do Dynavision 4, com novos modelos de controllers e permitindo apenas cartucho de 60 pinos. Curiosidade: a versão Xtreme foi conhecida por ser "quase igual a um Playstation 2", como dizia o Yudi.


Wi-vision, Dynavision Black e Dynavision White

Wivision
 

Dynavision Black

Dynavision White

Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 2007 e 2008 (respectivamente) Padrão: 60 pinos (japonês)

Clone baseado no Nintendo Wii, tanto no nome quanto no formato. Os controles são sem fio. O Wi-vision foi o último a vir com a Turbo Flash Gun (embora se chame "Mira laser") Em 2008 ele foi relançado como Dynavision, mas em duas versões, Black e White acompanhando uma nova Mira laser. Ambos possuem jogos na memória.

Dynavision Cybergame


Empresa: Dynacom – Ano de lançamento: 2010 Padrão: Nenhum (emulador)

Esse foi o último lançamento da Dynacom, antes do encerramento das atividades. Este console é na verdade um tocador de mídias: vídeos, música... e roms. Como ele suporta (na verdade seu melhor emulador) o NES, considerei como o último suspiro da SAGA do NES. Seus controles são horríveis! Pode ser adicionado roms com um cartão SD.

domingo, 1 de abril de 2012

Google Maps 8-bit para NES

Novo lançamento do Google, entrando nas brincadeiras de 1º de Abril.

A SAGA do NES - parte 2: o cenário brasileiro


Compreendendo o que acontecia nas terras nipônicas e gringas, vamos entender o que ocorria no Brasil. Em tempos de ditadura militar, nosso país sofria uma reserva de mercado que impedia a importação de produtos tecnológicos para cá, a fim de proteger a demanda e produção do mercado brasileiro; tal reserva não se restringia apenas aos computadores, mas aos videogames também. Como os aparelhos tinham que ser fabricados em terras tupiniquins, as empresas importavam as peças, faziam algumas modificações nos games, montavam e vendiam. Por isso era comum que aparecessem logotipos das empresas nacionais ao invés das originais na tela de abertura dos jogos, a exemplo de Pitffal, em que aparecia CCE ao invés de Activision. A fiscalização não era especializada o suficiente para identificar os consoles e jogos como cópias de produtos importados.

O primeiro videogame produzido no Brasil foi o Telejogo, produzido pela Philco a partir de uma placa de Pong, sendo que o Atari 2600 dominou o mercado brasileiro assim que foi lançado. E junto com o 2600, diversos clones surgiram como o Dactar e o Supergame da CCE. Um destes clones ficaria famoso devido aos seus sucessores: o Dynavision.

Como ainda existia a reserva de mercado no Brasil, a Nintendo não se interessou em estender suas atividades por aqui, deixando o caminho aberto para as empresas produzirem seus clones. Os primeiros consoles genéricos de NES/Famicom (chamados de “Famiclones” hoje em dia) apareceram aqui em 1989, a reserva de mercado acabou em 1991, mas o boom nos Famiclones por aqui só diminuiu quando o NES foi lançado oficialmente no Brasil, em 1994.

Apresentando, então, os Famiclones brasileiros:

Phantom System

Empresa: Gradiente – Ano de lançamento: 1989 – Padrão: 72 pinos (americano)

Não foi o primeiro, mas na época foi o mais popular, pois havia propagandas dele nos gibis da Turma da Mônica e dos heróis Marvel e DC. Era um frankenstein: o console é a carcaça do Atari 7800 (a Gradiente ia lançar um clone deste, mas mudou de ideia devido ao cancelamento do mesmo nos EUA e, como já havia produzido várias, manteve a carcaça) e os controles são iguais aos do Mega Drive. O terceiro botão era o Start e o azul, o Select. Curiosamente, a Gradiente se tornou na década seguinte a representante da Nintendo no Brasil (primeiro através da Playtronic, uma jointventure dela com a Estrela para a representação da Big N por aqui, depois sozinha, a Estrela abandonou a união). A Gradiente também foi a responsável por grande parte dos jogos não-licenciados (her... piratas) lançados no Brasil.

Bit System

Empresa: Dismac – Ano de lançamento: 1989 – Padrão: 72 pinos (americano)

Lançado pela Dismac, empresa que produzia calculadoras. Baseado no visual do NES, mas ao invés de quadradão, ele possuía forma trapezóide. Possuía os PIORES controles possíveis.

TOP GAME VG-8000

Empresa: CCE – Ano de lançamento: 1989 – Padrão: 60 pinos (japonês)

O primeiro clone do NES lançado pela CCE, outros viriam na sequência. O controle era horrível: era uma versão adaptada do controle do Supergame VG-3000 (o clone do Atari da CCE já citado), sendo praticamente injogável: os botões A e B ficavam nas laterais, e só o controle 1 possuía os botões Select e Start.


Top Game VG-9000 e Turbo Game VG-9000T


Empresa: CCE - Ano de lançamento: 1990 e 1991 (respectivamente) Padrão: Dual

O segundo e terceiro consoles da CCE. Dessa vez eles vieram com controles D-pad destacáveis (detalhe para o controle do Turbo Game, que era o controle do Mega Drive de ponta-cabeça). Foram os primeiros consoles com sistema duplo: aceitavam tanto cartuchos  60 pinos (japoneses) quanto 72 pinos (americanos).

A CCE também disponibilizou diversos jogos no Brasil, todos sem licença, traduzindo os jogos japoneses e relançando com pequenas alterações no título. Circus Charlie virou Circus Chablie, Guerrilla War virou Revolution Heroes... e é claro, o clássico "Castle Vania". Pode-se dizer que graças à CCE, temos jogos lançados em inglês no Brasil que não saíram nos EUA.

Catálogo da CCE: [CAPA] [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Hi-Top Game e Hi-Top Game Turbo




Empresa: Milmar – Ano de lançamento: 1990 e 1991 respectivamente - Padrão: 72 pinos (americano)

O Hi-Top Game ainda se parece com os Ataris genéricos lançados aqui. O primeiro modelo teve algumas escolhas de design infelizes, como os botões Start e Select no console, além de controles estilo manche do Dynavision. O modelo Turbo já possuía o D-pad padrão, além de ser vendido com um adaptador para cartuchos 60 pinos (japoneses). Entre os jogos lançados pela Milmar, figuram Futebol, um hack do jogo Soccer.

Adaptador do Hi-Top Turbo


Super Charger

Empresa: IBTC – Ano de lançamento: 1990 – Padrão: 60 pinos (japonês)

Sem muitas informações sobre este, apenas que ele é muito parecido com o Famicom e com outro genérico, o russo Dendy, copiando inclusive o problema dos controles com cabo curto e fixos no aparelho. Diferente do Famicom, os controles não possuem microfone.

Geniecom


Empresa: NTD – Ano de lançamento: 1992 – Padrão: 72 pinos (americano)

Este é um genérico interessante: ele possuía um Game Genie embutido. Os controles eram grandes e pesados se comparados com o D-pad original do NES, mas possuíam entrada para fones de ouvido e controle de volume independente. Como o NES, ele também possuía saída de vídeo RF e RCA composto, além de poder ligar uma antena no console e no adaptador RF para ligá-lo na TV sem fios.

Pro System 8


Empresa: Chips do Brasil – Ano de lançamento: 1994 -  Padrão: 72 pinos (americano)

Um dos últimos lançados no Brasil, pois em 1994 a Playtronic lançou o NES oficialmente. O formato era uma cópia do Super Famicom e os botões do controle possuíam Turbo e Autofire independentes, assim como o controle turbo do SNES.

Top System

Empresa: Milmar – Ano de lançamento: 1994 – Padrão: Dual

O terceiro console da Milmar. Este também possuía sistema duplo de cartuchos. O D-pad era similar ao do PC Engine/TurboGrafx16. Outro da última leva a ser lançado.

NES


Empresa: Playtronic – Ano de lançamento: 1994 – Padrão: 72 pinos (americano)

Dispensa apresentações. Foi lançado no Brasil em vários sets diferentes. Havia o que vinha com a Zapper, havia o que vinha com o Powerpad e havia o da foto, que vinha com Super Mario Bros. 3. Foi extinto no ano seguinte.